A Clínica de Enfrentamento ao Trabalho Escravo da Unipac/Fupac, em Uberaba, ganhou destaque em matéria publicada pelo portal JM Online, sendo reconhecida como referência no acolhimento e apoio a vítimas resgatadas de condições análogas à escravidão.
Coordenada pela advogada e professora da Faculdade de Direito, Nayara Beatriz, a clínica tem se consolidado como um espaço fundamental para o atendimento humanizado e especializado a trabalhadores submetidos a situações degradantes. A atuação da equipe foi essencial, por exemplo, em casos recentes como o de Planura (MG), que repercutiram nacional e internacionalmente.
Entre os resgatados, estão uma mulher transgênero e um homem mantido por nove anos em trabalho forçado, sem condições dignas de vida, além de ter sido coagido a tatuar as iniciais dos empregadores como marca de posse. As vítimas recebem apoio psicológico, jurídico e social não apenas da Unipac, mas também de outras instituições parceiras, como a Universidade Federal de Uberlândia (UFU).
Na reportagem, Nayara Beatriz alerta para o caráter cruel e sistemático dessas violações, destacando que “a tipificação no artigo 149 do Código Penal não basta. É preciso fiscalização rigorosa e uma rede de acolhimento, como a oferecida em Uberaba, para romper ciclos de exploração”.